Quem coloca os temperos somos nós mesmas

Empreendedorismo Feminino 01/07/2020

Olá mulheres incríveis :)

Já escrevi e apaguei frases inúmeras vezes, mas hoje me superei. Minha mente está fervilhando e brota ideias do que falar o tempo inteiro. Mas sabe quando muitas vêm e nenhuma chega?!? Ficou estranho isso? Espero que não rsrsrsrs.

Difícil organizar os pensamentos, principalmente quando você joga muita coisa para dentro da mente. Mas quando essa sensação forte de que tem coisa demais para fazer, coisa demais para pensar e resolver, nos pega de jeito, no meu caso, sinto até o peito apertar.

Quando você se descobre multitarefas, multi isso, multi aquilo, a vida ganha outro significado. E eu não estou aqui para dizer que não é bacana, porque é sim extremamente gratificante e prazeroso não se sucumbir as limitações que nem imaginamos ser nossas. Cada uma tem o seu limite, ou não.

E dentro das minhas próprias reflexões e análises, e olha que eu as faço com uma frequência alta, percebo que as limitações que nós mesmas colocamos para nós e nossas vidas, na verdade estão bem distantes de nos limitarem de verdade.

Porque me impedir de avançar??? Que medo é esse? Porque acreditar que até as 23:00hs está ótimo, se meu cérebro está em trabalho altamente produtivo ainda? Porque ler somente quinze páginas de um livro se eu quero consumi-lo até o final? Porque uma única carreira? Porque a melhor forma de fazer isso ou aquilo, quando na verdade o processo de fazer é que tem o poder de melhorar ou piorar qualquer coisa?

Quantos porquês.

E são nesses meus momentos de reflexão que eu percebo como empreender tem força nisso tudo. Para quem já ouviu minha história sabe que eu empreendo de corpo, alma e coração há pouco mais de 4 anos. Já empreendi em outros momentos, mas com essa entrega e com esse comprometimento comigo mesma, meus projetos e meus negócios, ainda não o tinha feito.

E o empreendedorismo acaba nos provando e nos mostrando o tempo inteiro que não há limites para uma mulher determinada. Ele nos convida a nos desafiar, a nos encarar de frente e a vencer nossos medos, que diga-se de passagem, são muitos e eles aumentam sim, todos os dias. Empreender nos move de uma forma diferente.

Quando você sabe que daquele momento em diante o jogo é entre você e você mesma, muitas coisas tomam proporções diferentes na nossa vida. É como se o tempo passasse mais depressa, mesmo cientes de que isso não é possível. Começamos a explorar nossas paredes limitadas por nós mesmas logo ali atrás. Damos início a um processo de autoconhecimento meio que por osmose, vamos fazendo, vivendo, equilibrando os pratos e nos conhecendo no meio da celeuma toda.

E a bagunça impera, mas a coragem e a disposição para organiza-la supera mais. Já ouvi e li tanto sobre valores, princípios, e posso afirmar com categoria, que empreender mudou muitos valores que até ontem eu tinha como lei absoluta. Empreender é um convite para atravessar portas e muitas vezes jamais conseguir fazê-lo. E mesmo se a frustração surgir, e ela vai surgir, passar por cima dela e começar tudo de novo não nos parece tão doloroso mais assim. Tem um se agigantar no meio do processo, que se não cuidarmos da chegada disso, acabaremos por permitir que o que é ruim em nós se agigante também.

Esse misto de tudo um pouco, um pouco de tudo, às vezes somamos tudo e não dá em nada, em outros momentos do nada fazemos coisas grandiosas. Situações vividas, experiências sentidas na pele, o novo sempre caminhando junto para nos mostrar que o ontem já foi. As coisas ganham uma nova conotação, porque os dias são mais cheios, as horas não são tão percebidas, justamente porque existe essa entrega surreal.

Claro que enquanto CLT já virei noites trabalhando, já me desafiei intensamente e já coloquei mais minutos dentro de uma hora do que a matemática explica. Mas agora é diferente. E não tem nada a ver com o negócio é meu. Não é isso! Tem a ver com independente do caminho escolhido, eu acredito agora, empreendendo, que não há limites para o que e quem eu sou.

E isso amplia a nossa garra de uma forma inexplicável. Isso nos leva a exaustão também, mas de uma forma diferente. O exausto da empreendedora é outro. Ele esgota e cansa, mas nos renova no mesmo processo. Até nos cobramos mais as pausas, os finais de semana que vão diminuindo, o tempo com a família que vai sendo sacrificado, as férias que não existem mais...só na nossa mente. Porque quando escolhemos pausar é melhor.  Porque quando optamos por um final de semana inteiro, só nosso, SIM, ele é justamente assim, só nosso. E quando desligamos o computador, colocamos o celular no armário e carinhosamente olhamos para os nossos filhos, pais, amores, amigos, lá estamos de coração aberto.

Empreender está muito além de abrir um negócio, ter uma ideia ou dar vida a um projeto. Empreender nos modifica por dentro. E eu torço todos os dias da minha vida, para que essa mudança chegue gostosa para quem a escolheu. Porque se ela estiver amarga, provavelmente tenha sido você mesma quem alterou o seu sabor.


Lu de Souza

Fundadora do Moeda de Troca, Empresária e atuante nas conexões femininas como uma ferramenta que muda seus negócios e vidas.

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