Olá mulheres incríveis 💰
Há alguns anos atrás eu me vi frente a frente com todas as minhas péssimas escolhas, até então feitas, em relação ao meu dinheiro.
Eu sempre trabalhei, sempre busquei a minha independência financeira desde muito cedo. Entrei na faculdade aos 15 anos, e me recordo bem de já sentir aquele desejo profundo de não mais ter que pedir dinheiro para o meu pai. Então aos 16 anos, eu já estava no meu primeiro estágio remunerado.
Sempre tive afinidade com os números, eu gosto de fazer contas, as calculadoras são minhas parceiras de jornada e isso me trouxe uma certa vantagem.
Só que gostar de matemática não nos carimba com o selo da habilidade financeira.
Passei a receber uma quantia mensal em troca dos meus serviços. E essa quantia ia tudo para as coisas que eu queria comprar.
O consumo era constante. E o engraçado é que ainda morando com os meus pais, ou seja, isenta de pagar água, luz, telefone, supermercado, eu conseguia gastar tudo que eu ganhava com aquilo que eu não precisava.
E esse perfil de consumo me seguiu por alguns anos. Ele me classificou como uma mulher desequilibrada financeiramente falando.
Ainda que eu tivesse atingido patamares cada vez mais elevados de cargos, funções e salários, a conta sempre fechava no zero a zero.
Tudo que eu suava para conquistar em matéria de dinheiro, eu gastava com o padrão de vida e consumo que eu havia instituído para mim mesma.
Essa é a forma detalhada e mais simples de explicar a tal corrida dos ratos. E eu vivi nela por um período significativo da minha vida.
E eu não fazia ideia do quanto ela exerce influência sobre as nossas escolhas.
Mas quando esse conhecimento chega, e ele não vem sozinho, ele não bate à nossa porta, ele não cai do céu, muita coisa começa a fazer sentido. E essa tomada de consciência mexe muito com a gente. Não me refiro somente ao dinheiro, a situação financeira, ao orçamento doméstico, ao escancarar da forma como eu vivo, como eu ajo e como eu lido com cada real que passa pelas minhas mãos.
Está muito além disso!
Querer muito sair da corrida dos ratos, aprender sobre finanças, mas aprender de verdade, se abrir com gosto para isso, requer de nós muito mais que uma decisão. Vai exigir uma entrega surreal, vai nos fazer enxergar coisas que ficamos cegas anos a fio para elas. Vai nos fazer chorar, vai doer, vai dar vontade de desistir, vai torrar os nossos neurônios todos os dias e ainda assim você vai querer mais disso constantemente.
Mudanças são processos. Elas não acontecem do dia para a noite. Ninguém tem a capacidade nata de mudar o que precisa ser mudado ou o que já foi identificado, num estalar de dedos. Como eu disse logo acima, é um processo.
E nada nesse processo vai surtir efeito real se você realmente não desejá-lo para si. Eu afirmo isso com muita convicção. Porque nada foi mais importante na minha decisão de viver esse processo, e colocá-lo em prática todos os dias, do que o meu desejo. Eu quis que isso acontecesse, desde o primeiro momento em que eu flertei com a forma correta de lidar com o dinheiro. E nunca mais deixei de desejar isso para a minha vida.
Falar em liberdade de escolha, independência financeira, inteligência nas decisões, metas realizadas, fica muito solto sem informações mais aprofundadas. Eu mirei em cada uma delas, todos os dias, e fui lapidando as ferramentas para que elas acontecessem na minha vida. E sem entrega, sem dedicação, sem colocar em prática, isso jamais reverberaria.
Eu estudo muito?!? Com certeza. Leio, assisto, analiso, debato, discuto e faço muitas contas. Mas muitas mesmo. Mergulho no meu conhecimento todos os dias, aprimorando o que precisa ser aprimorado, alterando o que precisa ser alterado, disposta a aceitar que ainda que eu estude muito e aprenda também, jamais será o suficiente perto daquilo que eu sei que tenho que buscar.
A inquietação boa, o atrevimento necessário e a provocação que eu mesma me faço, são as melhores armas que eu tenho. Não espere que alguém lhe diga, que algo tem que ser feito, em relação ao jeito que você lida com o dinheiro. Não terceirize a gestão do que é seu, e isso não tem nada a ver com confiança ou egoísmo. Isso tem a ver com assumir as rédeas. Acredite, uma hora ou outra você vai desejar ter aprendido a fazer isso antes. E se desafie mais, exija de você mesma um passo além, acredite no seu potencial, mas explore ele, coloque energia nisso.
Antes de conhecer sobre dinheiro, vida financeira e investimentos, você terá que conhecer a si mesma. Esse é o primeiro passo e o mais importante de todos. Quando as pessoas me perguntam sobre dinheiro, o que eu mais ouço é: Lu, o que você me indica para eu investir um dinheiro aí?!? Quem já me fez essa pergunta, vai lembrar da minha resposta de sempre: eu não te indico nada, até que eu saiba quem é você, como está o seu quintal e o que você deseja com isso.
E foram justamente essas questões que me trouxeram até aqui. O como sempre será mais importante do que o quanto. Aprenda sobre você e sobre o como, e aí sim o quanto vai ter o seu lugar de destaque.
Love, Lu.
Fundadora do Moeda de Troca, Empresária e atuante nas conexões femininas como uma ferramenta que muda seus negócios e vidas.